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Capítulo 11
Capítulo 11


— Bella, porque não usa preto?— Indagou Rosálie, colocando um lindo vestido de festa sobre a cama. —  Ficará perfeito em seu corpo.

— Não sei, me sentirei estranha dentro dele.                                                                    

— Você não está pensando em usar um de seus terninhos não é Bella?

—  Não nego que me sentiria mais segura dentro de um deles.—  Sorri tímida.

A semana tinha sido estressantemente trabalhosa, mas por fim, tudo tinha dado certo e dentro do prazo.

— Nada disso, você será uma das atrações do evento e tem que estar como diria a Alice, glamorosa! —  Rose fez uma imitação barata da cunhada com direito a gesto e tudo, arrancando de Isabella um sorriso.—  E outra já imaginou a felicidade do Edward?

—  Ele ainda não ligou confirmando que viria, Emmett ligou?

—  Ainda não e acho que não vão ligar.—  Sorriu.—  Mas pode apostar que logo eles entram por essa porta.

—  Com Edward por perto sentiria-me mais segura.

—  Edward deve estar radiante de felicidade Bella, você conseguiu.—  Rose colocou o vestido preto na cama. —  Vamos nos aprontar, pois teremos que chegar mais cedo.

Isabella se perdeu em seus pensamentos enquanto entrava na ducha. Estava com saudade do Edward, não via a hora de encontra-lo e poder dizer o quanto sentirá sua falta.

Meia hora mais tarde, estava em frente ao espelho esperado impacientemente que Rosálie terminasse sua maquiagem. Simples e discreta, mas havia ficado linda, pois o vestido escolhido pela amiga - e ficou feliz ao constatar - lhe caia, como uma luva, moldando as curvas que nem imagina ter. Sorriu satisfeita diante do resultado final.

Rosálie igualmente linda, com um vestido longo na cor azul Royal, levemente maquiada. Emmett com toda certeza ficaria babando.

—  Pronta?—  Rosálie embora mostrasse confiança estava tão nervosa quanto a amiga.

—  Pensamento positivo, tudo dará certo!

 

Quando Isabella e Rosálie chegaram ao local do evento foram recebidas por uma chuva de fleches. Fazendo Isabella se reprimir um pouco, esses eventos nunca foram seu forte.

Tinha lembranças das inúmeras vezes que Edward insistira com ela para que o acompanhasse e ela se negava justamente por isso, tinha pavor de ser o centro das atenções.

—  Relaxe Bella, tudo vai da certo.—  Sussurrou a amiga ao seu lado.

Na entrada um fotografo pediu que as duas dessem uma paradinha para uma rápida foto, e algumas perguntas foram feitas sobre o evento. Embora estivesse nervosa, Isabella conseguiu se sair bem.

Um pouco mais confiantes se dirigiram ao salão do evento, que estava lotado, por celebridades de diversos ramos, desde a moda, a política e por alguns reportes credenciados que cobririam todo lançamento. Passaram a circular entre as pessoas sendo parabenizadas por todos.

Vários telões estavam distribuídos no salão onde passava o comercial da fragrância masculinas Bandeiras. Isabella ficou admirada diante do produto final de sua dedicação. Valera a pena as dores de cabeça durante toda semana.

Estava tão intertida que não percebeu a aproximação do homem que havia infernizado sua vida em um curto espaço de tempo. O Bandeiras.

— Está de parabéns Isabella. — Seu sorriso malicioso que sempre lhe direcionava estava ali presente.

— Obrigada. — Continuava mantendo a mesma postura profissional, educada, mas fria o bastante para mantê-lo em seu devido lugar, bem distante dela.

Desviando-se de seu olhar de matador, Isabella olhava o salão a procura de Rosálie, não queria ficar muito tempo perto dele, e muito menos estando sozinha. Ele era um canalha de primeira linha, nunca perdendo uma oportunidade de cair matando.

Ainda lembrava-se das palavras cruéis e de duplo sentindo que sempre se dirigia a ela durante a semana em todas as vezes que a convidava para jantar, ou tomar um drink. Convites esses que sempre recusou.

 Sempre consigo o que quero Isabella, de uma forma ou de outra.

— Ficou muito bom seu trabalho. —  Não disfarçava seu olhar de cobiça sobre ela, deixando-a constrangida.

— Isso é o resultado do empenho de todos. — Por um momento desejou ter vestido seu terninho casual, que a deixava sempre confiante, embora não combinasse com o evento da noite. Com esse vestido, sentia-se exposta, principalmente da forma como ele descaradamente a encarava.

— Formamos uma boa equipe não acha?— Lambeu os lábios. — Poderíamos aprofundar nosso... Contato... Gostaria que viesse trabalha diretamente comigo o que me diz?

— Declino a sua oferta.

— Não seja precipitada Isabella, pense com carinho, em tudo que essa oferta possa lhe proporcionar. — O infame não disfarçava seu olhar direcionado ao decote dela. — No final do evento, espero sua resposta.

— Não perca seu tempo senhor, pois ela já lhe foi dada. — Não poderia fazer um escândalo, mas sua vontade era de esbofeteá-lo. — Nada em sua oferta me atrai, pelo contrário me enoja.

— Sua negação é o que mais me atrai. — Sorriu se aproximando dela, fazendo-a recuar um passo.

— E seu descaramento é o que mais me repudia.

Sem espera por mais uma de suas respostas infames, se afastou ou esqueceria onde estavam e lhe daria a bofetada que ele tanto merecia. Caminhou por entre os convidados, procurando um lugar que pudesse respirar e acalmar os ânimos. Encontrando Rosálie no meio do caminho dando os últimos avisos ao pessoal que apresentaria o produto.

— O que aconteceu?— Indagou Rose se aproximando e puxando-a em direção ao toalete, conferindo que estavam sozinhas antes de fechar a porta e voltar a olhar a sua amiga. —  Bella você esta mais pálida que essa parede, o que aconteceu?

— Aquele descarado Rose!— Tremula contava o episodio a amiga.

— Canalha! — Disse Rose a sua frente. —  Respire Bella e tente se acalmar.—  Fez Isabella se sentar em uma das poltronas.

— Eu vou embora!

— Você não pode ir amiga, você que produziu tudo isso, é a realização do seu primeiro trabalho. Respire e tente se acalmar, daqui a pouco os meninos chegarão e se Edward perceber de longe o seu estado, esse evento amanhã sairá em todos os tabloide, mais não pelo sucesso do produto e sim pela morte desse Bandeiras, por Edward acabaria com a vida dele.—  Rose a encarou.—  Eu sei que ele merece, mais também sei que você não quer seu futuro marido atrás das grades.

— É melhor ir embora.

— E o que vamos dizer? — Ficou seria. — Porque os meninos vão desconfiar.

Isabella respirou fundo antes de se levantar e se fitar no espelho, sua cor voltava aos pouco, mais alguns segundo e poderiam voltar ao evento. Bateram na porta.

— Temos que ir. — Disse Rose.

— Por favor, não me deixe sozinha.

— Só sairei de perto de você quando Edward chegar.

Voltaram a circular por entre os convidados, evitando sempre aproximação do outro. Engataram em uma conversa com o grupo que havia trabalhado no projeto. Entretida não percebeu quando o “cliente” se aproximou.

— Todos estão de parabéns. — Se intrometeu na conversa. — Foi uma semana trabalhosa mais valeu à pena. — Olhou Isabella. — O resultado ficou perfeito, confesso que por um momento achei que não fosse capaz de levar o trabalho adiante. — Isabella fitou atônita.

—Nem por um breve momento duvidei do potencial de Isabella— Falou Edward ao seu lado surpreendendo-os e encarando a sua mulher com um sorriso tentador nos lábios, fazendo-a respirar aliviada pela presença dele, e devolvendo-lhe o sorriso.

— Edward meu caro que bom lhe ver por aqui, pensei que não fossemos ter o privilegio...

— Desculpe-me interrompe-lo Bandeiras, mas estou morrendo de saudades de minha mulher.

Eliminando a pouca distancia entre os dois, Edward envolveu Isabella pela cintura antes de beijar-lhe na frente de todos, ao mesmo tempo em que alguns fotógrafos aproveitavam a oportunidade.

— Estava morrendo de saudade meu amor. — Sussurrou em seus lábios, sem dar atenção aos olhares que lhes eram dirigidos. — Nunca mais ficaremos tanto tempo afastados. — Sorriu antes de voltar a juntar seus lábios com os dela.

— Eu não quero atrapalhar. — Se pronunciou Bandeiras. — Vou circular um pouco, mas depois espero podermos tomar algo e trocarmos algumas palavras Edward.

Edward cumprimentou-o com a cabeça vendo o mesmo se afastar.

— Não podemos da uma escapadinha dessa festa? – Sussurrou ao ouvido de sua noiva.

— Eu vou adorar meu amor.

— Você fez um excelente trabalho Isabella. — Sorriu satisfeito. —  Está de parabéns.

— Isso significa que assumirei outros projetos?

— Se esses outros não lhe afastar de mim, poderemos pensar nesse caso. — Sorriu vendo seu irmão abraçado a Rosálie.

— Como você conseguiu lidar com esse homem?— Indagou Emmett. — Nos poucos dias que trabalhei com ele, me prendia para não lhe mandar a merda.

— Acredite, compreendo perfeitamente esse sentimento amor. — Disse Rose deixando Isabella temerosa. — Mas Isabella é dura na linha. —  Sorriu à amiga.

— Rosálie, você está insinuando que sou molenga?— Embora estivesse tentando falar sério, não conseguia esconder o divertimento em sua voz.

— Não amor, de forma alguma— Deu um leve beijo nos lábios dele. — Mas esse é o momento de Isabella, foi seu primeiro projeto.

— Não esqueça Rose que Emmett tem participação, ele iniciou as negociações.

— E não vou negar cunhada, foi um alivio quando você aceitou ficar com esse projeto, se não fosse você, com toda certeza teria colocado tudo a perder, quando mandasse ele se foder! Sério nada que lhe era apresentado era de seu agrado.

O apresentador iniciou o discurso da noite, falando sobre as empresar By Bandeiras, e das fragrâncias que já existiam no mercado, enquanto algumas moças desfilavam pelo meio dos convidados fazendo algumas demonstrações.

— A marca By Bandeiras, não precisa de apresentações, por conta do estrondoso sucesso que todos os seus produtos têm no mercado mundial. Mas sinto-me honrado em estar nessa noite com a incumbência, que é apresentar o mais novo sucesso, o Blue Antônio Bandeiras nas versões masculina e feminina.

Seguiu seu discurso resaltando o designer da nova coleção, que estariam disponíveis em todo mercado mundial no dia seguinte.

— A mulher que estiver usando essa fragrância, transbordará sensualidade...

Alguns minutos depois ele convidava o dono e fundador das empresas By Bandeiras, que foi recebido por uma salva de palmas.

— É um prazer receber a todos vocês essa noite. — Sorriu vagando seu olhar pelos convidados. — E dividir com vocês essa minha alegria. — Por um segundo ele fitou Isabella, que estava ao lado de Edward. — Estou feliz, com o resultado de todo projeto, desde a fabricação da fragrância em meus laboratórios, a escolha de cada designer para o produto, e principalmente com esse ultimo trabalho, o de divulgação. — Seu olhar voltou a Isabella. — Obrigado a todos que fizeram parte deste projeto.

Edward abraçado a Isabella, fitava o homem que descia do palco, como se fosse mata-lo, vendo-o se aproximar.

— Porque olhando esse infeliz, tenho ganas de matá-lo?— Indagou ao ouvido de Isabella, deixando-a tensa. — Se ele estivesse tentando alguma coisa, você me contaria não é Baby?—  Virando-a de frente ele fitou seus olhos.—  Foi a pior semana da minha vida, não sabe como me corrui de ciúmes.—  Revelou, encostando seu rosto ao dela.—  Eu te amo Baby.

— Eu também te amo muito. —  Sussurrou em seus lábios, antes de ser beijada por ele.

— Precisamos sair desta festa, ou passaremos o maior vexame. —  Abraçou-a deixando ciente de seu estado de excitação.

— Edward!

— Não tenho culpa amor foi uma semana longe de você. —  Sorriu.

Estavam se beijando novamente quando foram interrompidos.

— Edward, gostaria de marcar uma reunião com você o mais breve possível. — Se pronunciou o Bandeiras. — Gostei de nossa parceria e quero vocês a frente de todos os nossos produtos. — Sorriu. — Mas tenho uma exigência, quero Isabella a frente dos projetos.

— Isabella meu amor. — Beijou-lhe levemente os lábios. — Poderia ir avisando ao Emmett e a Roseli que já estamos de saída, enquanto converso um instante com o senhor Bandeiras?

Isabella, não sabia se seria uma boa ideia deixa-los as sós, Edward tinha os olhos injetados de raiva.

— Não seria melhor deixar essa conversa para outra hora?— Perguntou fitando o homem a sua frente, ela o conhecia o suficiente para saber que alguma ele estava aprontando.

— Não baby, será rápido. — Sorriu. —  Encontre-os e me espere na saída, serei breve.

Isabella se afastou, olhando em volta a procura do cunhado e a amiga.

— Onde podemos conversar?— Perguntou sério.

— Fico feliz, com nossa parceria Edward. — Seguia falando enquanto se dirigiam a uma pequena sala de apoio, sem ao menos perceber que Edward não prestava atenção em suas palavras. — Isabella fez um excelente trabalho, ela é maravilhosa.

Edward seguiu calado até chegarem ao seu destino. Uma vez dentro, tudo aconteceu rápido demais, no escritório improvisado, Edward agarrou-lhe pelo colarinho, dando-lhe um soco, fazendo-o tombar.

— Isso é pelos olhares que dirigiu a minha mulher seu filho de uma puta!— Rosnou.

— Calma Edward. — Pedia o homem aflito limpando o sangue que escorria de sua boca.

— Calma um caralho.—  Sustento-o novamente jogando-o sobre a mesa.—  Aprenda a respeitar a mulher dos outro seu puto!— Estava dando o segundo soco quando a porta abriu e Emmett entrou tirando-o de cima do homem.

— Acalme seu irmão Emmett. — Gritou o Bandeiras com raiva, enquanto contornava a mesa para ganhar distancia.—  Esqueça nossa parceria.—  Cuspiu sangue.

— Vá à merda cara. — Disse Emmett, puxando o Irmão.

— Estou fudendo por essa parceria. ­— Disse Edward. —  Esteja avisado se aproxime de minha mulher e será um homem morto.

***

— Sua mão deve estar quebrada. — Examinava com atenção. — Está doendo muito?— Seu rosto refletia a dor que o próprio Edward deveria estar sentindo. — Vou pegar gelo.

— Vem aqui. —  Puxou-a sobre ele na cama.—  Estou bem.

—  Sua mão está inchando.

—  Não importa.—  Fitou-a.—  Diga-me a verdade, como foi sua semana?

Isabella estava ciente ao que essa pergunta se referia.

— Ele mereceu cada soco que levou... Hey, calma!— Pediu quando ele tentou se levantar.

— Vou matar aquele filho de uma puta. —  Informou.—  Ele tocou em você?

— Não!— Olhou o homem que amava vendo-o fora de si. — Edward se acalme, por favor. — Pediu. — Ele não me tocou, se tivesse tentado você teria vindo me soltar, porque eu mesma o teria matado.

— Eu te amo Baby e só o pensamento que aquele puto pudesse ter lhe tocado. — Fechou os olhos buscando por ar. — Eu morri de ciúmes, essa foi a pior semana que passei em toda minha vida Isabella. —  Beijou-lhe.—  Desculpa amor.

— Desculpa?

— Hoje sei como você se sentia quando estava em viajem. — Isabella ia falar, mas ele a interrompeu. — É terrível, sufocante, dilacerador, eu sei por que senti na pele, em uma única semana. — Ficou sério. —  Me perdoa amor, por todas as vezes que lhe proporcionei esse tipo de sensação.

— Eu te amo meu amor, e o passado não tem importância.

Edward rolou com ela sobre a cama, ignorando a dor na mão, enquanto imprensava seu corpo, ao mesmo tempo em que tomava sua boca. Em um beijo, de entrega e saudades, sendo correspondido com a mesma intensidade.

 

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